Estou na praia, a tarde está linda, soalheira e agradável apesar da aragem que se faz sentir. Olho à minha volta estão poucas pessoas. As crianças brincam na beira da água, estão felizes, riem, gritam contentes. Saltam nas ondas, rolam na areia, fazem castelinhos. Um pouco afastados, os pais tomam conta. Outros, estão junto delas, brincam também. Penso que nestes momentos também eles se sentem crianças. Eu própria, o senti à pouco, enquanto brincava com o meu sobrinho, o Duarte, tem quatro anos. Fizemos corridas, brincamos na água, atiramos pedrinhas às ondas (ele adora fazer) é tão gratificante a sensação! Gosto de me sentir assim, um pouco criança também... 

Adoro estar aqui, olhar o mar, ouvir o som das ondas, ler um pouco, escrever, olhar as pessoas, ouvir o riso das crianças, sentir este calor, a brisa que sopra, é tão agradável!

Olho ao longe o horizonte, o contraste do azul do céu com a cor do mar, é infinito e belo. O mar faz-me bem. Gosto da paz que sinto, a tranquilidade que me transmite, e, que tanto necessito para o meu equilíbrio espiritual e emocional. São estes pequenos momentos que fazem a diferença. O Duarte já foi há muito para casa com a mãe. A minha tarde de praia está a terminar. Vou para casa mais leve e tranquila, com a certeza que vou voltar, e, viver de novo estas Pequenas... emoções!

Amo o Mar e agradeço porque existe!

mar_mag

19/07/07

O tempo
O tempo pode te rabiscar o rosto
Pode pratear-te os cabelos
Mas não deixes que o tempo te apague o viço
Nem te adormeça o riso
Conserva o teu jeito de olhar macio
A tua capacidade de sonhar
Guarda em ti as tuas vontades mais absurdas
Os teus desejos infantis
Conserva a tua poesia, o teu amor proibido
Conserva também a tua indignação, a tua rebeldia
Guarda a tua teimosia
Não te acomodes com as voltas do tempo
Renova-te a cada manhã, a cada pão
Por dentro, não deixes que o tempo te roube a vida.

(Ana Luiza Fireman)